7 de abr. de 2011

Sabedoria Popular Aplicada

Olá, amigo!

Que bom que você veio nos visitar aqui na Casa da Mafalda!

É sempre um prazer recebê-los aqui para discutir assuntos sérios e besteiras.

E hoje vamos discutir sobre besteiras, ok?

Há algum tempo que venho filosofando sobre isso e gostaria de compartilhar com alguém, de preferência alguém que não bate muito bem da cabeça, que nem você.

Eu sou fã da “sabedoria popular”, mais precisamente daqueles ditados engraçados, alguns regionais. Freqüentemente nos deparamos com situações que nos fazem lembrar alguns desses ditados.

Quando escolhi estudar Engenharia Civil, não sabia direito do que se tratava, não sabia de como é amplo o campo de atuação. Na faculdade comecei a me interessar bastante pela área de Estradas, mas especificamente pela área de “solos”.

Na cadeira “Mecânica dos Solos” estudamos a compactação dos solos. Para quem não é da área, vou explicar brevemente um pouco do que estudamos.

Para compactar um solo você precisa de três coisas: o solo (óbvio), energia (para isso servem aqueles rolos compactadores) e água. Resumindo, é uma coisa fácil de imaginar, pelo menos para quem já brincou de castelo de areia na praia uma vez na vida: você pega o solo e vai adicionando água e compactando. Se você colocar água de menos, vai ser difícil compactar o solo (a areia fica fofa). Se você colocar água de mais, também é difícil de compactá-lo, pois vai virar uma “meleca”. Ou seja, tem um “teor” ideal de água para obter a “máxima compactação”, ao qual chamamos de “umidade ótima”.

Sempre gostei de esportes, mas foi depois da faculdade que comecei a praticá-los com mais regularidade. Também comecei a ficar mais curioso sobre o assunto e ler um pouco sobre o tema.

Recentemente li um texto da triatleta Ana Lídia Borba no site www.mundotri.com.br, onde ela falava sobre a cadência no ciclismo. Cadência no ciclismo se refere ao número de voltas que você dá com o pedal num intervalo de tempo, por exemplo, 75 rotações por minuto (RPM). No seu texto, a Ana Lídia fala que “se existe um consenso sobre a cadência ideal, no ciclismo, é que não existe uma cadência ideal”. Ou seja, alguns acham que o ciclista tem que pedalar com uma cadência baixa (75 RPM) e outros com uma cadência alta (90 RPM).

Dentro da minha ignorância, se você me permite, outros exemplos clássicos e freqüentes vêm da nutrição, medicina e respectivas pesquisas científicas que de vez em quando aparecem na TV. Sabe-se que o excesso de sal pode resultar em problemas de pressão alta. Por outro lado, no sal de cozinha existe iodo, e a falta dele pode causar o bócio (aumento da tireóide).

Você deve estar se perguntando o que essas coisas têm em comum. Simples, todas poderiam ser facilmente explicadas através da sabedoria popular: a compactação de solos aprendida na faculdade, a cadência do ciclismo, a dieta ideal. Como já diriam os antigos, “um é pouco, dois é bom, três é demais!”.

2 comentários:

Manolo disse...

esse post foi profundo... to tentando entender ainda

Paulo Henrique disse...

Não é para entender, Manolo! É só para refletir! kkkkkkk!
Abraço!