9 de set. de 2011
Estrada de modelar - Estradas do meu Brasil
Desde minha infância eu passava ali e só via o mar. Lembro dos dias de “vento suli” e ressaca. O mar ficava agitado, as ondas batiam na calçada e chegavam a molhar os carros que ali passavam.
Lembranças que vão ficar na minha memória e em algumas fotografias antigas. Aterraram o mar e fizeram uma estrada. E Floripa nunca mais será a mesma.
Tive a oportunidade de conhecer a estrada antes de ela existir, quando ainda era mar. Tive a oportunidade de conhecê-la de perto quando estava em construção, já que fiz meu estágio na obra. Tive a oportunidade de conhecer toda a sua intimidade, já que foi o tema do meu Trabalho de Conclusão de Curso na faculdade. Hoje tenho o prazer de visitá-la aos finais de semana, quando vou pedalar em sua ciclovia. Nessas ocasiões, a Via Expressa Sul, que liga o centro da cidade às praias do sul da Ilha, vira a Via Lenta Sul, aonde além da paisagem, vou observando as conseqüências de se construir sobre um terreno de solo mole, muito mole.
É como se fosse uma massinha de modelar. Juro que não é exagero.
A estrada literalmente afunda. Ao passar por bueiros, que na verdade são “espaços vazios”, percebemos que estes não afundam, ao contrário da estrada.
Mas é quando passo pelas passarelas que mais me impressiono. Falando de uma maneira leiga, as passarelas tem estruturas que se apóiam até as camadas mais profundas do solo, por isso não afundam. Já a estrada...
Os pescadores, que diariamente vão de bicicleta ao encontro do mar (hoje ele está mais longe), não deixam por menos. Vão construindo rampinhas de concreto para transitarem tranquilamente (ou quase tranquilamente) com suas bicicletas.
Um grande abraço a todos!
Henrique
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Um comentário:
Vou te mandar uma foto antes da execução do aterro hidráulico
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