Fui pra Porto Alegre, tchau!

Neste domingo aconteceu a 28a Maratona Internacional de Porto Alegre. Sábado de manhã eu e o Henrique deixamos a Mafalda com meus pais e em seguida embarcamos para a capital gaúcha.

Como eu já tinha compartilhado com vocês, a minha aventura começa com meu "amigo" avião. Desta vez fui mais preparada. Conversei com minha médica e ela me indicou um remedinho que ajudou a controlar minha ansiedade. Além disso desenvolvi uma técnica muito eficiente para aliviar o tormento da decolagem e do pouso. A técnica consiste em 4 passos bem simples:

1 - Pressione seus ouvidos com toda a força possível para aliviar os ruídos. Lembre-se que nessa hora não é permitido fones de ouvido;
2 - Retire seus pés do chão para sentir menos a tremedeira do avião;
3 - Feche os olhos com força;
4 - Se você conseguir, cantarole ou apenas pense em uma canção.

Depois da aeronave estabilizada você pode retornar ao seu estado normal. A cena não deve ser muito bonita e o Henrique deve morrer de vergonha, mas o que importa é que a técnica funciona. 

Saímos de Florianópolis esperando curtir aquele friozinho em Porto. Fiz o Henrique levar roupas de frio e eu separei 2 cachecóis além dos casacos e da bota. Chegando lá o calor nos pegou de jeito! Como comentou nosso amigo Guilherme: "Forno Alegre".

Pegamos a Van que levava os atletas do aeroporto, pegamos o kit da prova e finalmente fomos para o nosso hotel! No final da tarde fomos visitar a Vó do Henrique, a Dona Euterpe. A casa dela era pertinho do hotel, fomos a pé mesmo! A noite fomos jantar em um restaurante italiano chamado "Copacabana". Passei todo o jantar intrigada com o nome e resolvi satisfazer minha curiosidade com o garçom:

- Porque "Copacabana" para um restaurante italiano?

Para minha decepção ele respondeu:

- Porque antes funcionava uma padaria neste mesmo lugar e o nome era "Copacabana". O dono preferiu não mexer no nome.

Poxa! E eu esperando uma longa história envolvendo imigração italiana com passado no Rio de Janeiro e uma caso de amor proibido que fez com que o jovem italianinho viesse para Porto Alegre abrir sua cantina italiana com sua bella carioca! Mas mesmo com a explicação sem graça o restaurante era muito gostoso!

Com o estômago cheio de carboidrato fomos dormir para acordar no dia seguinte às 05:30hrs. A largada da Maratona estava prevista para às 7:15hrs e a minha rústica para às 8:15hrs. Tomamos uma café, pegamos um taxi e fomos para o Barra Shopping onde acontecia o evento.

Como vocês sabem o Henrique lesionou o pé na semana passada e estava bastante receoso quanto a sua performance. Mas quem o conhece sabe que ele tira essas coisas de letra. Dosou bastante no início da prova, usou de sua paciência e inteligência e se saiu muito bem em sua segunda maratona. O clima não estava o ideal, como eu disse anteriormente o calor estava forte!

Minha largada ocorreu pontualmete às 8:15hrs. A prova era de 10km mas a organização resolveu colocar o pessoal para correr 2km a mais. Mas tudo bem! Para uma prova nota 10 esse detalhe não tirou nem um pontinho.

Depois da minha chegada fiquei aguardando o meu amor. Toda vez que vejo ele chegando fico que nem uma tiete boba! Grito, bato palmas e dou pulinhos!

Parcialmente recuperado dos seus 42km, dividimos um taxi com dois corredores de São José dos Campos e voltamos para o hotel. A tarde eu ainda fiz o Henrique caminhar 6 quarteirões para irmos almoçar em uma churrascaria!

No final da tarde fomos nos despedir da Dona Euterpe e pegamos nosso avião de volta. Coloquei minha técnica em prática novamente e chegamos em Floripa quase às 2hrs da manhã. Chegamos cansados mas felizes e com a sensação de dever cumprido.

No dia seguinte ficamos sabendo que a Mafalda tocou o terror na casa dos avós, mas isso é assunto para a próxima postagem!

Beijo grande pessoal!